Gestão de energia ganha cada vez mais relevância na estratégia das empresas

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Relatório promovido pela Schneider Electric busca entender como as grandes corporações lidam com o consumo de eletricidade em seus negócios

 

A transformação digital e a gestão de energia elétrica têm se tornado cada vez mais estratégicas para as corporações. Essa é a síntese do Relatório de Progresso Corporativo para Energia e Sustentabilidade 2020, divulgado nesta terça-feira, 7 de julho. A pesquisa, promovida pelo terceiro ano consecutivo pela Schneider Electric, examina como as organizações estão lidando com os desafios impostos pelas transformações digital e transição energética.

Segundo a Schneider, o gerenciamento de energia se tornou parte crucial de uma estratégia integrada de sustentabilidade, em um contexto onde as ações são acompanhadas em tempo real através da utilização de ferramentas digitais que transformam dados em informação para tomada de decisão.

“O gerenciamento de energia e recursos extrapolou a simples operacionalização do pagamento das contas de serviços públicos, e se tornou uma ferramenta estratégica para as organizações diminuírem seus riscos financeiros e de reputação”, afirma, em nota, Bill Brewer, vice-presidente de serviços globais de energia e sustentabilidade da Schneider Electric.

“O cenário está evoluindo rapidamente, e, se as empresas quiserem permanecer competitivas, precisarão implementar estratégias que demonstrem compreensão clara de para onde o gerenciamento de energia está caminhando.”

Foram entrevistados para esse estudo 265 profissionais globais das áreas de energia e sustentabilidade que supervisionam compras, operações e sustentabilidade, desde membros do conselho de organizações a colaboradores individuais. A pesquisa foi conduzida pela GreenBiz Research. As empresas pesquisadas representam 17 segmentos da indústria e registraram uma receita anual mínima de US﹩ 250 milhões.

Descobertas do relatório 2020:

Em 2020, líderes empresariais estão reconhecendo o papel dos gerentes de energia em suas organizações. Entre os entrevistados, 87% concordam que a aquisição de energia está aumentando em escopo e complexidade. Isso levou a mudanças no modo este tema é tratado: 56% dos entrevistados agora empregam uma equipe dedicada de gerenciamento de energia. Com um número crescente de diferentes fontes de energia, as organizações precisam de um amplo conhecimento para estabelecer a melhor estratégia, nas busca do equílibrio entre a segurança energética e competitividade de seus negócios.

• No estudo do ano passado, apenas 29% dos entrevistados citaram o fornecimento estratégico de energia como uma das principais iniciativas para reduzir custos, mas neste ano 46,5% observaram que a volatilidade do momento e dos preços é o maior desafio.

• 60% dos entrevistados consideram energias renováveis “on site” (no local) e “off site” (fora do local) como uma estratégia de compra nos próximos três anos para gerenciar a volatilidade, com 30% dos entrevistados já implantando energias renováveis

• Mais de 46% dos entrevistados estão preparados para responder a futuras inovações em gerenciamento de energia

• De acordo com 84% dos entrevistados, o engajamento dos executivos tomadores de decisão é o fator mais importante para a aprovação e o financiamento de novos programas de energia e sustentabilidade

Redução da complexidade

A enorme quantidade de dados de energia e sustentabilidade disponíveis pode ser complicada de monitorar e difícil de gerenciar. No ano passado, mais empresas investiram em tecnologias digitais para reduzir essa complexidade. O dobro do número de participantes (37%) em relação ao ano passado relatou usar dispositivos de IoT, tais como medidores, sensores e outros dispositivos inteligentes. Investir nessas tecnologias está causando um impacto positivo nas organizações: 63% dos entrevistados que dispõem de soluções digitais relataram ter maior confiança em sua prontidão para inovações no gerenciamento de recursos.

A pesquisa também mostra que as estratégias de gerenciamento de energia e recursos estão evoluindo com base em novas tecnologias de mineração de dados. Do universo entrevistado, 48% disseram estar adaptando seus programas de gerenciamento de dados de energia ou sustentabilidade com base no crescimento de dispositivos conectados, e 24% dizem o mesmo sobre o crescimento da inteligência artificial. Embora 54% dos entrevistados tenham relatado que ainda estão gerenciando seus dados usando planilhas, os benefícios de investir em soluções digitais são claros.

Mudanças climáticas

Adaptar-se às mudanças climáticas e ao aquecimento global, à descarbonização rápida e outras iniciativas relacionadas ao clima, e atenuar seus impactos, constituem um foco muito maior de operações comerciais. A pesquisa mostrou que as considerações ambientais são um dos principais impulsionadores das iniciativas corporativas de energia e sustentabilidade (51,5%), e a mudança climática é o principal risco para o fornecimento de energia e recursos (58%).

A alta gestão está começando a compreender os riscos e as oportunidades que as mudanças climáticas podem trazer para seus negócios, desenhando estratégias de adaptação e mitigação, reforçando a resiliência e reputação das partes interessadas, criando novos produtos e serviços, e se beneficiando das diferentes formas de investimentos sustentáveis.

Outras estatísticas:

• A percepção do público é fator determinante para o investimento em energia sustentável, através do reforço de marca/reputação (50%), seguido da vantagem competitiva (47%)

• 70% dos entrevistados deste ano relatam ter estabelecido metas de energia ou sustentabilidade, e as anunciaram publicamente, ante apenas 57% do consultados no relatório de 2019

• 75% dos entrevistados dizem que aumentaram suas metas em relação às estabelecidas anteriormente

• 30% dos CEOs que responderam indicaram concordar firmemente que a resposta de suas organizações às mudanças climáticas será vantajosa para os negócios

 

Fonte: CanalEnergia