Custo de energia solar e eólica será ainda menor em 2025, diz estudo

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Estudo do Governo do Reino Unido sinaliza que, em 2025, uma fazenda eólica ou solar poderá gerar energia pela metade do custo de uma térmica a gás

 

Um relatório publicado pelo governo britânico indicou que o custo “normalizado” da eletricidade, ao longo da vida útil de uma planta de energia solar e eólica, se mostra bem mais barato do que se pensava. O estudo foi apresentado pelo Departamento de Estratégia Industrial e Negócios (BEIS), que faz projeções periódicas sobre o tema e atualiza um trabalho publicado em 2016. Na época, os custos da energia solar e eólica já sinalizavam forte queda em relação aos quatro aos anteriores, 24% em relação a 2013. Agora, a queda é ainda maior: 47%, em comparação a 2016. Isso significa que, em 2025, uma fazenda eólica ou solar poderá gerar energia pela metade do custo de uma térmica a gás.

A equação utilizada pelo governo britânico para “normalizar” o custo da energia considerou o valor médio por megawatt ao longo da vida útil de um projeto. Dessa forma, é possível comparar diferentes fontes, como as renováveis com as térmicas a gás e nucleares. O custo estimado para um parque de energia eólica que comece a operar em 2025 é de 46 libras por megawatt. Na previsão anterior, o valor era de 65 libras. Para uma fazenda solar de grande porte, o custo é um pouco mais baixo: 44 libras hoje, ante 67 libras no cálculo anterior.

Além disso, o BEIS apresentou estimativas para usinas térmicas a gás e nucleares. No primeiro caso, o melhor resultado foi 85 libras e, no segundo, 102 libras por megawatt. Isso significa que as eólicas e solares se tornarão cada vez mais competitivas por apresentarem menor preço. Esses valores foram atualizados de acordo com a inflação pela Carbon Brief, publicação britânica especializada em energias limpas.

O relatório só reforça que esse tipo de estimativa é importante para os governos planejarem as suas matrizes energéticas para o futuro, apontando que a melhor alternativa é a expansão da oferta por meio do vento e do sol.

“No caso do Brasil, a vantagem é ainda maior por ter uma matriz predominantemente hidráulica e o melhor regime de ventos do mundo”, afirma Antonio Bastos Filho, CEO da Omega Geração, a maior operadora de parques eólicos do Brasil.

Ele acrescenta que os reservatórios das hidrelétricas poderiam ser utilizados como uma espécie de bateria. “Enquanto o vento sopra e o sol brilha, os reservatórios enchem, armazenando energia, compensando a fonte solar durante a noite e quando o vento para. Nesse caso, o Operador do Sistema Elétrico Nacional (ONS), que controla a geração no País, pode abrir as comportas e gerar eletricidade pelas turbinas.

 

Fonte: Portal Solar