Geração de energia elétrica recua 1,9% no primeiro trimestre de 2020

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A geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN recuou 1,9% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do InfoMercado Mensal, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, o volume consumido nos três primeiros meses de 2020 chegou a 66.532megawatts (MW) médios.

Entre janeiro e março, a geração de energia por meio da fonte solar fotovoltaica cresceu 21,7% frente ao primeiro trimestre de 2019. Por outro lado, a produção hidrelétrica recuou 2,5% no período, assim como as eólicas geraram 15,8% menos do que nos mesmos meses do ano passado. Diante desse resultado, a geração termelétrica cresceu, cerca de 7,4%.

Se contabilizarmos apenas o mês de março, a geração de energia elétrica recuou 0,7%, na comparação com o mesmo mês em 2019, para 65.089 MW médios. Os destaques são a queda de 14,2% da geração de térmicas e de eólicas, e o aumento de 29% da fotovoltaica. Nesse contexto, a geração de hidrelétricas teve elevação de 2,1% em relação a março do ano passado.

 

Gráfico - Geração por Fonte (Março)

 

Consumo

Já o consumo de energia no primeiro trimestre caiu 1,9% na comparação anual, de 67.740 MW médios para 66.449 MW médios. O comportamento do consumo não reflete totalmente os efeitos das medidas de isolamento social para combater a pandemia do coronavírus, que tiveram início a partir do dia 21 de março.

Se considerarmos os resultados de março, o consumo recuou 0,8% frente ao mesmo mês de 2019. O mercado regulado apresentou queda de 2,5%, para 44.912 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda crescer 3,4%, para 20.077 MW médios, comportamento explicado pela migração de consumidores.

Excluindo os efeitos das migrações, em março, o consumo seria 0,5% menor no mercado regulado e 1,4% no mercado livre. A redução do consumo de energia no mercado livre, excluindo o efeito da migração das cargas novas, é explicada pela queda no consumo de 11 ramos de atividade que correspondem a cerca de 56,4% do total demandado no mercado livre. Dentre essas quedas, destacam-se os setores de transporte (-21%), serviços (-16%), veículos (-13%) e têxteis (-9%).

 

Fonte: CCEE